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Filme Não Toque em Meu Companheiro será exibido nos Jogos da Fenae+, em Porto Alegre

A narrativa de solidariedade, de resistência contra o retrocesso e de mobilização pela Caixa Econômica Federal 100% pública e social, mostrada no documentário Não Toque em Meu Companheiro, da premiada cineasta Maria Augusta Ramos – a Guta, coproduzido pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), será exibida exclusivamente durante os Jogos Fenae+, realizado pela primeira vez pela Fenae em parceria com as Apcefs e que ocorrerá de 15 a 18 de novembro, na PUC de Porto Alegre (RS). No evento, a exibição do filme da Guta acontece nos dias 16 e 17 de novembro, em dois horários – às 13h e às 18h, no auditório do 5º Pavimento do Parque Esportivo da Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Elaborado em seis meses e com duração de 75 minutos, Não Toque em Meu Companheiro foi lançado em fevereiro de 2020. O filme remonta uma luta histórica e de grande empatia/solidariedade do movimento dos trabalhadores no Brasil, estando centrado no episódio da demissão injusta de 110 empregados da Caixa após uma greve da categoria. 

O documentário expõe na telona conversa entre os trabalhadores demitidos e a nova geração de empregados do banco, focada nas semelhanças entre Collor e Bolsonaro, traçando um paralelo das tentativas dos dois governos de privatizar o banco público e retirar direitos dos trabalhadores. Há também a participação da filósofa Marilena Chauí e do economista e professor Luiz Gonzaga Belluzo, que falam sobre a flexibilização e as relações do trabalho. 

O ano era 1991, a greve durou 21 anos, os trabalhadores dispensados estavam lotados em Belo Horizonte, Londrina e São Paulo e receberam ajuda financeira de todo o país, o que permitiu que sobrevivessem e continuassem a luta contra a ameaça de privatização do banco público. Na época, a mobilização culminou no movimento “Não Toque em Meu Companheiro”, com o pagamento do salário dos demitidos por um ano e 13 dias e até a reintegração dos 50 empregados paulistas, 30 mineiros e 30 paranaenses, em 1992, depois do impeachment do presidente autodenominado “o caçador de marajás” (assim ficou conhecido o alagoano Fernando Collor de Mello) e de seu projeto econômico neoliberal e privatista.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, lembra os dias de luta. Segundo ele, o filme Não Toque em Meu Companheiro é uma oportunidade para que os empregados conheçam um dos momentos mais difíceis e mais ricos da nossa categoria. “Não é fácil a mobilização, não é fácil fazer a organização dos trabalhadores, mas sempre vale a pena”, diz. Ele aponta que uma das missões da Fenae é defender os direitos dos trabalhadores, a democracia e a justiça social.  

Sergio Takemoto afirma que o documentário, além de discutir o papel público e social da Caixa, estimula uma profunda reflexão sobre o Brasil e traz um importante capítulo da luta pelos direitos dos trabalhadores. O presidente da Fenae argumenta ainda que Não Toque em Meu Companheiro é vital para os empregados compreenderem que a história da Caixa é feita de mobilização e conquistas, ponderando: “Contar esses acontecimentos, rever as pessoas, ouvir sobre o que cada um viveu e reafirmar a rede de união entre trabalhadores do banco são alguns do saldo captado pelo filme”. 

Serviço

Atividade
: exibição do documentário Não Toque em Meu Companheiro nos Jogos da Fenae+
Data: dias 16 e 17 de novembro
Horário: 13h e 18h
Local: auditório do 5º Pavimento do Parque Esportivo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS)